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Jaru: Menina autista de 11 anos é encontrada em segurança após passar a noite fora de casa

Por Redação
Publicado Ontem, às 15h
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A pequena Hávyla Nadine Pereira Costa, de 11 anos, que estava desaparecida desde a tarde da última segunda-feira (21), foi localizada na manhã desta terça-feira (22), em segurança, na casa de uma família jaruense. A menina, que possui diagnóstico de autismo (nível de suporte 1), havia saído de casa sem que a mãe percebesse — algo que, segundo a própria, acontece de forma muito rápida e impulsiva, característica comum em crianças com o transtorno.

De acordo com relatos da mãe, Júlia, Hávyla estava andando de bicicleta pela Praça da Avenida Dom Pedro I, quando foi abordada por duas jovens, uma delas estudante da mesma escola que a menina frequenta. As garotas, preocupadas com o horário avançado e sem saber exatamente onde a menina morava, resolveram levá-la para casa. A atitude, embora precipitada, partiu de um sentimento de proteção, já que a criança estava sozinha e elas não sabia como leva-la para casa.

Durante a noite, a mãe das jovens não estava presente, pois trabalha até tarde. Somente na manhã do dia seguinte, ao entrar no quarto das filhas, ela percebeu a presença de Hávyla. As meninas pediram silêncio, dizendo que uma amiga estava dormindo. Somente após verem a repercussão do desaparecimento nas redes sociais, a família se deu conta de que se tratava da criança procurada. Foi então que entraram em contato com a mãe de Hávyla.

Em nota, Júlia esclareceu toda a situação, rebatendo críticas que surgiram nas redes:

“Só quero deixar claro que minha filha tem diagnóstico médico de autismo desde os 5 para 6 anos de idade. Ela recebe todo cuidado e acompanhamento que precisa. Não é a primeira vez que ela sai de casa sem permissão, e sempre acontece de forma rápida, sem eu perceber. Nunca deixaria minha filha na rua, jamais. Passei a noite inteira na rua procurando, sem dormir. Nossa luta é árdua e constante. Ela é uma criança perfeita aos olhos, mas sua mentalidade muitas vezes é de uma criança pequena. Graças a Deus está tudo bem.”

A família agradece a todos que compartilharam informações, ajudaram nas buscas e demonstraram preocupação. A situação serve como alerta à comunidade sobre os desafios enfrentados por famílias com crianças neurodivergentes, e reforça a importância de empatia, cautela e comunicação responsável em situações delicadas como essa.

Fonte: jaruonline