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Rondônia investe em cursos inovadores para reeducandos e fortalece ressocialização
O combate à criminalidade também é feito com oportunidades. Em Rondônia, reeducandos têm a chance de darem um novo rumo para suas vidas por meio das capacitações profissionais promovidas pelo governo de Rondônia. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), de 2019 a 2025, já foram atendidos mais de 13 mil reeducandos com cursos gratuitos. Além de áreas tradicionais, as unidades prisionais estão repletas de inovações, investimentos que ajudam na construção de uma sociedade melhor, com menos reincidência criminal.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltou que a intenção do governo do estado em investir em um sistema prisional com mais oportunidades de capacitação profissional é que, ao cumprirem pena e retornarem ao convívio social, os reeducandos não cometam mais crimes, mas invistam em uma vida digna e honesta. “O governo de Rondônia investe e acredita que um reeducando capacitado é um cidadão que retorna à família e à sociedade com condições de ter um futuro diferente. ’’

INOVAÇÃO
O mais novo curso de “Frigorífico e Piscicultura” foi destinado a uma turma de reeducandos da Penitenciária Estadual Aruana (PEA), em Porto Velho, em parceria com o Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional (Idep). O aprendizado acontece dentro de uma das escolas móveis do governo, com uma estrutura industrial de impressionar, com tecnologia e inovação, que permite o ensino de técnicas de processamento de alimentos.
Os reeducandos demonstram grande esperança com as oportunidades. Um professor reeducando relatou que o curso ajuda a construir um futuro diferente. “Fracassos e tragédias todos nós passamos em algum momento da vida, e isso não precisa ser o ponto final, a vida continua, e o curso dá a chance de empreender, contribuindo para a pessoa escapar do percentual de pessoas que retornam ao sistema prisional por falta de oportunidades lá fora, devido ao preconceito. Eu já estou pensando em montar um negócio com produção artesanal”, disse.
Outro reeducando, trabalhador rural, afirmou que “a gente, tendo oportunidade, muda muito; a gente quer fazer tudo diferente. Eu só tenho de agradecer tudo o que está acontecendo na nossa vida. O curso, além de remir o tempo aqui dentro, traz esperança. Eu já trabalhava há dez anos nesta área, mas não tinha esse conhecimento a mais e nem o certificado. Pretendo montar um açougue e viver de forma certa.”

PAZ NOS AMBIENTES PRISIONAIS
Ao mesmo tempo que Rondônia avança em cursos profissionalizantes, dentro das unidades prisionais o ambiente é de paz. O diretor da Penitenciária Estadual Aruana, Magno de Oliveira, evidenciou que a ressocialização está acontecendo de fato no estado. “O clima da unidade prisional mudou, está mais tranquilo, não se vê mais rebeliões, motins, não existe aquele peso de cadeia que estávamos acostumados a ter, e isso foi construído com essas oportunidades, elas refletem no comportamento dos reeducandos, na rotina do sistema prisional, e a sociedade é quem mais ganha com a ressocialização.”
OPORTUNIDADES DE CAPACITAÇÃO
Além das tradicionais áreas que permeiam a capacitação profissional dentro das unidades prisionais como produção têxtil, artesanato e construção civil, que inclusive possibilita utilizar a mão de obra dos reeducandos em construções e reformas das unidades prisionais e de segurança, a exemplo do que aconteceu, recentemente, com o Centro de Operações do Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape), no município de Pimenta Bueno, os reeducandos de Rondônia têm acesso a cursos administrativos, de estética, agricultura, educação inclusiva, sustentabilidade, ciências exatas e tecnológicas, saúde e bem-estar, e manutenção, alimentos e gastronomia, como o que acontece na Penitenciária Aruana.

O gerente de Reinserção Social (Geres), Fábio Recalde, explicou que as inovações fazem parte do esforço da gestão estadual em buscar diversificar e expandir as oportunidades de capacitação profissional. ‘‘Temos a missão de transformar o ambiente prisional em um lugar de ressocialização, e em Rondônia temos aplicado boas práticas com várias frentes de capacitações, contemplando todas as unidades do estado, estimulando habilidades, gerando mão de obra qualificada para o mercado de trabalho e incentivando que novos negócios surjam por meio dessas iniciativas.’’
Para participar dos cursos, o reeducando deve ter escolaridade, independentemente da série, e apresentar bom comportamento.
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
O secretário de Estado da Justiça, Marcus Rito, coloca em evidência que o sistema prisional de Rondônia está realizando um intenso trabalho de formação profissional e, com reeducandos mais preparados, eles abraçam as oportunidades no mercado de trabalho. O estado já colhe resultado, com o terceiro lugar no Brasil, com 59,58% dos reeducandos em atividades laborais referentes ao primeiro semestre de 2025, segundo dados do Sistema de Informações Penitenciárias (Sisdepen). “As unidades prisionais de Rondônia estão repletas de oportunidades, desde os estudos até a capacitação profissional e trabalho, com o objetivo de provocar uma transformação social. Os reeducandos estão sendo preparados para uma vida digna e produtiva, que contribua com o desenvolvimento do estado e uma sociedade melhor, após o cumprimento da pena’’, frisou.










Fonte: Secom – Governo de Rondônia