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Jaru: Profissionais da Educação da rede estadual realizam novo ato por valorização da categoria

Por Redação
Publicado Ontem, às 17h
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A greve dos Profissionais da Educação da rede estadual segue firme em Jaru e em todo o estado de Rondônia. Sem previsão de término, o movimento já ultrapassa uma semana e denuncia a estagnação nas negociações com o Governo do Estado.

Na manhã desta terça-feira (19), educadores e técnicos administrativos realizaram uma nova manifestação em frente ao Colégio Plácido de Castro, reafirmando sua adesão à paralisação liderada pelo SINTERO (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia). Segundo os representantes regionais do sindicato, desde o início das tratativas, em março, não houve avanços concretos.

“A proposta é a mesma desde o começo. Nada mudou”, afirmaram os diretores da Regional Centro 1, Antônio Flávio Vila Real e Sebastião Adauto França.

A categoria rejeita a manutenção do auxílio-alimentação em R$ 253 — valor congelado desde 2013 — e denuncia o descumprimento de outras promessas, como o reajuste para R$ 500, o retorno do vale-transporte e a realização de concurso público.

Principais reivindicações da greve:

  • Gratificação de titularidade: cobrança da atualização dos percentuais para professores com pós, mestrado e doutorado, conforme o Plano Estadual de Educação.
  • Auxílio-alimentação defasado: o valor atual de R$ 253 contrasta com os R$ 1.900 pagos a servidores de outras secretarias. A categoria reivindica, no mínimo, R$ 1.000.
  • Equiparação salarial dos técnicos educacionais: profissionais antigos permanecem em níveis inferiores, mesmo com qualificação, enquanto novos contratados já ingressam com salários mais altos.
  • Retorno do vale-transporte: benefício retirado há mais de um ano. O Governo prometeu substituí-lo por um auxílio de R$ 200, mas até agora nenhuma medida foi efetivada.

Em Jaru, cerca de 85% das escolas estaduais estão paralisadas. Algumas seguem funcionando parcialmente com servidores emergenciais, que, por contrato, não têm direito à paralisação.

Os grevistas garantem que os alunos não serão prejudicados. “As faltas serão abonadas e todo o conteúdo será reposto. Os alunos que estão indo às aulas terão que rever tudo novamente com os colegas que ficaram em casa”, explicaram os representantes.

Para a categoria, o Governo do Estado apenas “ganha tempo”, prometendo análises técnicas que não se concretizam. “Até agora, só promessas. Nada foi efetivado”, afirmam.

A greve segue por tempo indeterminado. Os Profissionais da Educação pedem apoio da sociedade, principalmente dos pais e responsáveis, para fortalecer o movimento, que busca valorização, respeito e o cumprimento de direitos garantidos em lei.

Fonte: jaruonline