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Governo de RO fortalece ações de manejo do pirarucu e garante renda para comunidades tradicionais na Resex Rio Cautário

Publicado Há 4 h
Atualizado Há 4 h
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O governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), segue  trabalhando para fortalecer a conservação dos ecossistemas aquáticos e das comunidades tradicionais. As ações de Manejo de Controle do Pirarucu (Arapaima gigas) invasor na Reserva Extrativista Estadual (Resex) Rio Cautário, localizada no município de Costa Marques, destacam-se como um exemplo de gestão responsável e sustentável dos recursos naturais. Ao longo das duas edições da pesca realizadas em 2025, foram retirados 415 indivíduos da espécie invasora, totalizando 22.775,6 quilos de pescado bruto. A ação é desenvolvida pela Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC), com a apoio da Coordenadora de Licenciamento e Monitoramento Ambiental (Colmam) e a segunda etapa foi encerrada no dia 8 de outubro. 

As atividades ocorreram durante 40 dias de pesca, mobilizando diretamente mais de 40 comunitários locais, que participaram de forma organizada e comprometida em todas as etapas do processo, desde o monitoramento até a comercialização do pescado. O esforço conjunto resultou em uma renda total de R$ 211.069,20 (duzentos e onze mil, sessenta e nove reais e vinte centavos), refletindo não apenas o êxito ambiental da iniciativa, mas também o impacto socioeconômico positivo para as famílias envolvidas. Para os comunitários que participaram integralmente das duas etapas de pesca, a renda individual alcançou R$ 5.356,61 (cinco mil, trezentos e cinquenta e seis reais e sessenta e um centavos), evidenciando a importância do manejo como instrumento de geração de trabalho, renda e valorização das populações tradicionais.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, destacou que o manejo representa a união entre preservação e desenvolvimento. “Além dos benefícios ambientais e sociais, a iniciativa também gera resultados econômicos relevantes, já o pescado proveniente do manejo tem sido comercializado para fora de Rondônia, alcançando mercados como o de São Paulo. Isso demonstra a qualidade e a aceitação do produto em centros consumidores nacionais, ampliando o reconhecimento do manejo de controle desenvolvido na Resex Rio Cautário”, destacou.

FORTALECIMENTO DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS

A analista ambiental da Sedam e coordenadora do projeto de manejo, Chirlaine Varão, destacou que o trabalho é resultado de uma construção coletiva e de longo prazo com as comunidades da unidade. “O manejo do pirarucu invasor na Resex Rio Cautário demonstra a força da parceria entre o estado e os comunitários locais. Cada etapa é pensada com base no conhecimento técnico aliado à experiência tradicional, o que garante um processo sustentável e resultados efetivos tanto para o meio ambiente quanto para as famílias envolvidas. Esse modelo de gestão participativa reforça o protagonismo das comunidades na conservação dos recursos naturais”. 

Resultados das edições 2025:

  • 415 peixes retirados;
  • 22.775,6 quilos de pescado bruto;
  • 40 dias de pesca no total;
  • R$ 211.069,20 (duzentos e onze mil, sessenta e nove reais e vinte centavos)de renda gerada;
  • Mais de 40 comunitários envolvidos;

Renda individual (participação integral): R$ 5.356,61 (cinco mil, trezentos e cinquenta e seis reais e sessenta e um centavos).

De acordo com o secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, os resultados obtidos consolidam o manejo como uma ação estratégica de controle do pirarucu invasor. “O manejo do pirarucu invasor mostra que a gestão ambiental pode ser eficiente e participativa, promovendo equilíbrio entre conservação dos recursos naturais e fortalecimento econômico das famílias extrativistas. Essa ação é resultado de um trabalho técnico consistente, construído junto com os comunitários”, afirmou.

Moradora local, Regiane Ximenez, participou ativamente do projeto. Ela relata que a principal fonte de renda da comunidade é a colheita da castanha-do-Brasil e extração do látex, entretanto a chegada do projeto de manejo do pirarucu tem contribuído de forma significativa para a renda familiar. “O meu pai sempre foi morador aqui da comunidade e a nossa renda sempre foi oriunda da borracha e do castanhal e esse projeto está ajudando as famílias sem renda ou com renda baixa e melhorando a qualidade de vida das pessoas”, salientou

Foto: Arquivo Sedam