O ex-prefeito de Porto Velho e atual pré-candidato ao Governo de Rondônia, Hildon de Lima Chaves, concedeu uma longa entrevista à jornalista Samara Souza no PodRondônia. Durante a conversa, ele relembrou sua trajetória profissional, avaliou sua gestão na capital e apresentou propostas e preocupações para o desenvolvimento do estado.

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De promotor de Justiça a gestor público e empresário de sucesso
Natural de Recife, Hildon Chaves iniciou a carreira como promotor de Justiça em Rondônia em 1992, atuando em cidades como Vilhena, Pimenta Bueno, Ariquemes e Cacoal. Paralelamente, construiu com a esposa, Ieda Chaves, um grupo educacional que chegou a empregar 1.300 pessoas em três estados e foi vendido, anos depois, para uma das maiores empresas de ensino do país.

Em 2016, Hildon ingressou na política e venceu as eleições para prefeito de Porto Velho, conquistando a maior votação da história do município. Foi reeleito em 2020 e encerrou o segundo mandato com mais de 80% de aprovação popular.

Desafios e realizações na capital
Durante a entrevista, Hildon destacou os principais desafios de administrar uma capital extensa e com infraestrutura deficitária. Ele ressaltou a pavimentação de 800 km de ruas como um marco de sua gestão, superando em larga escala o histórico de governos anteriores.

“Porto Velho tem 7 mil quilômetros de estradas vicinais para manter, e escolas a até 360 km do gabinete do prefeito. Era um desafio enorme”, afirmou.

Visão política e posicionamento
Filiado ao PSDB, Hildon se define como um político de centro-direita e critica a polarização atual no país. Para ele, a boa gestão deve estar acima das disputas ideológicas, e a experiência administrativa deve ser um critério central na escolha de líderes.

“Eu prefiro não emocionar e entregar resultados. O que falta em Rondônia é infraestrutura, planejamento e gestão técnica”, disse.

Planos para Rondônia
O pré-candidato apontou gargalos logísticos que, segundo ele, precisam ser resolvidos para garantir o crescimento do agronegócio e evitar prejuízos econômicos. Entre as prioridades, destacou a melhoria no acesso ao porto graneleiro da capital e o escoamento da produção de soja e milho.

“Estamos na iminência de um gargalo logístico. É preciso destravar o escoamento para que Rondônia continue avançando”, alertou.

Compromisso com a transparência
Hildon enfatizou que encerrou seus dois mandatos sem responder a processos judiciais e que nenhum de seus secretários foi alvo de investigações.

“Administrei o segundo maior orçamento do estado com responsabilidade. Meu patrimônio está no mesmo nome, e isso me orgulha”, destacou.