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Delegado responsável pela prisão de Macola do PCC é morto com mais de 20 disparos

Publicado Há 4 h
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A execução do ex-delegado-geral da PCSP (Polícia Civil de São Paulo), Ruy Ferraz Fontes, 63 anos, na tarde dessa segunda-feira (15) em Praia Grande (SP), está permeada por diversos elementos, que incluem a natureza do crime, histórico de combate a maior facção do país e a resposta das autoridades.

O ex-delegado foi morto a tiros, com mais de 20 disparos. Imagens de câmeras de segurança mostraram o veículo de Ferraz sendo perseguido em alta velocidade por uma SUV.

Durante a perseguição, o veículo da vítima colidiu com um ônibus, na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas. Após a colisão, os criminosos realizaram a execução.

Ruy Ferraz Fontes atuava como cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, no litoral de São Paulo.

carro usado pelos criminosos foi encontrado incendiado após a ação. Duas outras pessoas ficaram feridas na ação e foram socorridas, mas sem risco de morte.

Um dos principais inimigos do PCC

Ruy Ferraz Fontes tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil de São Paulo, onde ocupou cargos de destaque, incluindo o de delegado-geral de Polícia.

Saiba quem era Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado inimigo do PCC que foi executado

Ele ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo considerado um dos principais inimigos da organização.

Em 2006, foi responsável por indiciar toda a cúpula do PCC, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, antes de serem isolados na penitenciária 2 de Presidente Venceslau.

Ferraz foi crucial para mapear a estrutura do PCC nos anos 2000, identificando sua hierarquia e modo de operação. Ele também conduziu investigações durante os ataques da organização criminosa em 2006 e no caso do assassinato do juiz Antonio José Machado Dias (Machadinho) em 2003.

Premonição

No momento de sua morte, Ruy Ferraz Fontes ocupava o cargo de secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande, função que exercia desde janeiro de 2023.

Ele havia demonstrado preocupação com sua segurança e a de sua família após um assalto em dezembro de 2023, onde expressou: “Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro”.

Ferraz foi vítima de outros assaltos e emboscadas anteriores em 2022, 2020 e 2012, algumas com troca de tiros e feridos.

Investigação

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que os responsáveis serão exemplarmente punidos com todo o rigor da lei.

Foi montada uma força-tarefa para identificar e prender os criminosos, com prioridade definida pelo governador. Mais de 100 policiais da Rota, Garra e Gaeco foram mobilizados para Praia Grande.

As investigações seguirão com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).