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Greve da educação em Rondônia ganha força: Presidente do SINTERO denuncia descaso e Governo emite Nota de Esclarecimento; VÍDEO

Por Redação
Publicado Ontem, às 17h
Atualizado Ontem, às 17h
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A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia (SINTERO), Dioneida Castoldi, concedeu entrevista exclusiva ao Cacoal Notícias para explicar os motivos que levaram a categoria a iniciar uma greve estadual no dia 6 de agosto de 2025.

Segundo Dioneida, o movimento paredista é resultado do esgotamento das tentativas de negociação com o Governo de Rondônia, que desde dezembro de 2024 teria feito promessas não cumpridas e mantido reuniões que não avançaram nas pautas de valorização profissional.

Entre as principais reivindicações da categoria estão:

Equiparação do auxílio-alimentação com outras secretarias do Executivo;

Realização imediata de concurso público para professores e técnicos;

Atualização da política de titularidades;

Respeito ao plano de carreira e valorização da formação dos profissionais;

Fim da precarização dos contratos temporários.

A presidente ressaltou que a greve não é exclusiva de professores, mas de todos os trabalhadores que fazem a educação acontecer em Rondônia. “Não queremos prejudicar os alunos, queremos garantir que eles tenham uma educação de qualidade”, afirmou Dioneida.

A adesão ao movimento já supera os 60% nas escolas estaduais, tanto na capital quanto no interior. A próxima reunião entre o sindicato e o governo está marcada para o dia 13 de agosto de 2025, com a expectativa de que propostas concretas sejam apresentadas.

POSICIONAMENTO OFICIAL DO GOVERNO DE RONDÔNIA
Em resposta ao movimento grevista, o Governo do Estado de Rondônia, por meio da SEDUC, divulgou nota oficial afirmando que no dia 31 de julho de 2025 foi realizada uma reunião com o SINTERO e outras entidades sindicais, onde foram apresentadas propostas para valorização da categoria, entre elas:

Reajuste do auxílio-alimentação para R$ 500;

Instituição de auxílio-transporte de R$ 200 para servidores com até quatro salários mínimos;

Concessão de 10 dias de recesso escolar a técnicos educacionais;

Concurso público unificado previsto para 2025;

Pagamento de abono em dezembro;

Parecer previsto sobre equiparação salarial entre técnicos Nível I e II.

A gestão também afirma que promoveu avanços históricos, como:

Cumprimento do piso nacional do magistério desde 2019;

Reajuste de 297% para técnicos e de 110% na gratificação de docência;

Crescimento de 95% na remuneração de professores com pós-graduação;

Investimento de R$ 442 milhões em licença-prêmio entre 2019 e 2025.

Por fim, a SEDUC declarou que mantém o compromisso com o diálogo e a valorização da educação, dentro dos limites orçamentários e legais.

POSICIONAMENTO FINAL DO SINTERO
A presidente do SINTERO deixou claro que a continuidade ou não da greve está nas mãos do governo:

“A próxima reunião com o governo está marcada para o dia 13 de agosto. Vamos levar caravanas, realizar assembleias e esperar por propostas concretas. O fim da greve depende da disposição do governo em valorizar de verdade os trabalhadores e a educação de Rondônia. Nós seguimos abertos ao diálogo, mas com seriedade e compromisso”, afirmou Dioneida Castoldi.