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Greve dos profissionais da educação ganha força em Cacoal com quase 100% de adesão nas Escolas: VÍDEO

Por Redação
Publicado Há 5 h
Atualizado Há 3 h
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 A cidade de Cacoal amanheceu praticamente paralisada no setor da educação estadual. O movimento grevista dos profissionais da rede pública – professores e técnicos educacionais – iniciado oficialmente em 31 de julho, já atinge quase a totalidade das escolas da região.

Segundo o professor e advogado Oto Braz Odorico, a greve é consequência direta da falta de avanços concretos nas negociações com o Governo de Rondônia. “Estamos desde fevereiro tentando negociar. O prazo final foi 31 de julho e, novamente, não houve progresso real. Aos professores, sequer foi garantido um centavo”, afirmou.

Situação atual nas escolas:

Na cidade de Cacoal todas as Escolas Estaduais aderiram, com exceção das Escolas Paulo Freire, no bairro Teixeirão que aderiu parcialmente e Frei Caneca no bairro Vilage do Sol que mantém as aulas para as turmas de 6º ao 9º do ensino fundamental. A Escola Antônio Gonçalves Dias paralisou as aulas na cidade, mas manteve as aulas do Ensino Médio com Mediação Tecnológica, na zona rural (linhas 9 e 21). As demais turmas de ensino médio na zona rural estão com paralisação


Apenas a Escola Nilo Coelho, localizada no município de Presidente Médici/Andreazza, está funcionando normalmente nesta quarta-feira;

As demais unidades escolares estão 100% paralisadas, com forte adesão dos trabalhadores ao movimento grevista.

 Principais reivindicações:

  • Reajuste do auxílio-alimentação, congelado desde 2016;
  • Retorno do auxílio-transporte para os professores;
  • Valorização das titulações acadêmicas (pós, mestrado, doutorado);
  • Concurso público unificado, com cronograma claro;
  • Unificação das carreiras técnicas, hoje fragmentadas e com remuneração desigual.

“Hoje, mais de 60% dos servidores de apoio nas escolas estão contratados de forma precária, sem vínculo e sem direitos básicos. A educação não pode continuar sendo tratada assim”, declarou Odorico.

O movimento conta com respaldo do SINTERO e da sociedade civil. “A greve só termina quando houver proposta concreta e respeitosa para os profissionais da educação”, concluiu o professor.