A variação de preços nos postos de combustíveis já é visível em Rondônia. Enquanto alguns estabelecimentos da região central registram o valor máximo, outros comercializam a gasolina entre R$ 6,90 e R$ 7,00 por litro. O aumento é expressivo quando comparado aos R$ 5,98 cobrados há apenas um mês. O que causa estranhamento é a falta de explicações para esse salto repentino: a Petrobras não detalhou os motivos, deixando a impressão de que o consumidor arca com a conta sem saber o porquê.

Conforme informações obtidas pelo Portal, o etanol também apresentou elevação no mês de agosto, ampliando a pressão sobre o orçamento das famílias. A perspectiva para 2026 é ainda mais preocupante. O Conselho Nacional de Política Fazendária já publicou o ato que eleva a alíquota do ICMS sobre combustíveis a partir de janeiro do próximo ano, o que indica tendência de novos reajustes.

Especialistas do setor apontam dois fatores principais que explicam parte da alta no Estado: o ICMS já reajustado e o aumento definido pela Petrobras em junho de 2025. A mais recente elevação, no entanto, não foi acompanhada de esclarecimentos, o que reforça a percepção de incerteza entre os consumidores.

"Na verdade esse aumento aí a gente tem que esperar a qualquer momento, é o aumento que vem na bomba direto, ninguém é avisado de nada. E a gente fica na situação que não tem que fazer nada. Você chega para abastecer hoje é um preço, amanhã é outro. E você tem que aceitar e ficar calado, reclamar pra quem? Se nem o aviso eles dão", disse Edinaldo Moreira, aposentado.