AltoAlegreNotícias

AltoAlegreNotícias

GRILAGEM DE TERRA: Invasão de terras públicas atinge 100 milhões de hectares no país e inclui RO
Áreas ocupadas ilegalmente geram impasse entre preservação e exploração por interesses imediatistas e pela falta de governança fundiária

Por Redação
Publicado Ontem, às 17h

Foto: Agência Brasil

A disputa pela terra na Amazônia tem raízes no período colonial, quando o território era tratado como 'terra de ninguém'. Desde então, a ocupação desordenada e a grilagem consolidaram um histórico de conflitos fundiários que persiste até hoje, colocando em risco o bioma e os direitos de povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos.

De acordo com o Incra, cerca de 100 milhões de hectares já foram grilados no país  mais da metade no Amazonas. Atualmente, 132 milhões de hectares da floresta são terras não destinadas, e 23% dessas áreas já estão sob controle de grileiros.

A região AMACRO (sul do Amazonas, leste do Acre e norte de Rondônia) é o novo foco da expansão agropecuária e mineradora. Em 2022, ela concentrou 36% do desmatamento nacional, evidenciando o conflito entre os interesses econômicos e as políticas de preservação ambiental.
 
Entre 2018 e 2022, as Forças Armadas assumiram protagonismo no combate ao desmatamento por meio das operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLOs). Apesar do contingente de 30 mil militares e 63 organizações na região, os resultados foram limitados: o desmatamento caiu apenas 11% no período. A atuação militar coincidiu com a redução do papel de órgãos especializados como Ibama, ICMBio e Funai.
 
Hoje, o desafio da gestão territorial da Amazônia passa por conciliar desenvolvimento e sustentabilidade, fortalecer a Amazônia Legal como instrumento de planejamento e garantir que políticas públicas realmente protejam as comunidades e o meio ambiente. Sem isso, o futuro da maior floresta tropical do mundo continuará ameaçado por interesses imediatistas e pela falta de governança fundiária.

Gostou do conteúdo que você acessou? Quer saber mais? Faça parte do nosso grupo de notícias!
Para fazer parte acesse o link para entrar no grupo do WhatsApp:

Foto: Agência Brasil

Fonte: rondoniaovivo