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Outubro Rosa: mulheres pedem mais prevenção e tratamento contra câncer de mama

Por Redação
Publicado Há 5 h

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

A ampliação do acesso aos exames preventivos de câncer de mama e o fortalecimento das políticas públicas de saúde foram os principais temas da sessão promovida pelo Senado nesta quinta-feira (9) para celebrar a campanha de conscientização do Outubro Rosa.

Essa campanha, que é internacional, tem o objetivo de alertar para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama — no Brasil, o Outubro Rosa também abrange o câncer do colo do útero.

A sessão foi conduzida pela senadora Leila Barros (PDT-DF), que solicitou a cerimônia por meio de um requerimento (o RQS 257/2025). Ela declarou que o Outubro Rosa é um momento que transcende a campanha; é um chamado à vida e à consciência coletiva. A senadora também ressaltou que a informação salva vidas.

— A campanha é, antes de tudo, um movimento de amor. Que este mês seja um mês de reflexão, mas também de esperança e ação. Cuidar das mulheres é cuidar do futuro do Brasil.

Leila enfatizou que o câncer de mama é o tipo mais recorrente entre as mulheres. E que, para este ano, a previsão é de 74 mil novos casos no Brasil. No mundo, a estimativa é que um a cada três casos de câncer em mulheres seja o de mama.

Mas a senadora salientou que é preciso olhar pelo viés da esperança: quando o diagnóstico é feito precocemente, as chances de cura podem ser de até 95%.

— Isso nos mostra que o caminho da vitória é o caminho da prevenção, da informação e do acesso aos exames e aos tratamentos de qualidade. O Outubro Rosa precisa ser um movimento de justiça social e de equidade em saúde — afirmou ela ao reiterar sua defesa do acesso mais amplo e democrático, para todas as mulheres, aos tratamentos preventivos.

Damares Alves (Republicanos-DF) destacou que o Outubro Rosa de 2025 é especial para ela de um modo particular: a senadora fez uma cirurgia neste ano devido a um câncer de mama.

Ela contou que, depois do seu diagnóstico, passou a se sentir mais apegada à vida. E que, quatro dias depois de sua cirurgia, já estava de volta ao trabalho no Senado.

— O que me salvou foi o diagnóstico precoce — declarou.

Assim como Leila, Damares defendeu o tratamento precoce e amplo para todas as mulheres, mesmo aquelas que moram em lugares distantes, como é o caso das mulheres da floresta. E reafirmou seu compromisso de lutar pelo fortalecimento das políticas públicas para as mulheres, além de defender mais participação feminina no Parlamento.

A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, contou durante a sessão que perdeu a mãe para um câncer de mama. Para ela, um dos principais desafios é fazer com que as mulheres tenham acesso a um tratamento digno. Ilana defendeu um orçamento maior para a saúde pública e um sistema de saúde mais amplo, que possa atender mulheres de todas as classes e de todas as regiões.

A diretora também lembrou a importância do autoexame, do cuidado com a alimentação e da atividade física. Ela destacou o apoio institucional oferecido pela Casa às suas servidoras na área da saúde e informou que o Senado vai oferecer a 300 mulheres terceirizadas a oportunidade de realizar o exame preventivo do câncer de mama.

A secretária de Articulação Institucional e Participação Política do Ministério das Mulheres, Sandra Kennedy, se disse emocionada por abordar um tema tão importante que, infelizmente, ainda tira a vida das mulheres. Ela cobrou o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), elogiou o programa Mais Médicos Especialistas e incentivou as mulheres a cuidar da saúde.

— Sem orçamento, não podemos implementar o que defendemos: o acesso a políticas públicas de qualidade e em tempo oportuno. Lutar contra o câncer de mama é, acima de tudo, lutar pela vida — afirmou ela.

A presidente do Instituto Recomeçar, Joana Jeker, lembrou que, embora seja raro, o câncer de mama também pode atingir os homens. Ela, que superou um câncer de mama, pediu que homens e mulheres tenham acesso mais facilitado ao diagnóstico e ao tratamento na rede pública.

— Juntos podemos conquistar mais políticas públicas e fazer que aquelas já existentes sejam mais eficientes em todo o país — declarou. 

Coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto Campello Carvalheira compareceu à sessão representando o chefe da pasta, ministro Alexandre Padilha.

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