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A Justiça de Rondônia determinou o bloqueio de mais de R$ 605 milhões em bens de pessoas investigadas por crimes ambientais na região da Estação Ecológica Soldados da Borracha, localizada entre os municípios de Porto Velho e Cujubim.

A medida foi cumprida durante uma operação conduzida pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO), com apoio da Polícia Civil e do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transportes (DER/RO).

Bens apreendidos e prisões
Durante a ação, foram apreendidos imóveis, veículos, tratores, equipamentos agrícolas e rebanhos de gado, supostamente utilizados em atividades ilegais dentro da unidade de conservação.

Também foram encontradas duas armas de fogo e duas pessoas foram presas em flagrante. O caso segue sob sigilo, e as identidades dos suspeitos não foram reveladas.

Desmatamento e medidas judiciais
Segundo o MP-RO, o grupo é suspeito de desmatar mais de 8 mil hectares, o que representa cerca de 4% da área total da Estação Ecológica Soldados da Borracha, que possui 178.948 hectares.

Além do bloqueio de bens, o Judiciário determinou a suspensão das atividades agropecuárias dos investigados, a proibição de circulação dentro e no entorno da unidade de conservação, a suspensão dos cadastros no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a proibição de emissão de Guias de Transporte Animal (GTA).

Histórico da investigação
A primeira fase da operação ocorreu em 2022, quando o MP-RO identificou a atuação de um grupo criminoso organizado responsável por desmatamentos ilegais na região. Os investigados respondem por associação criminosa, dano à unidade de conservação, falsidade ideológica, falsidade documental e crimes ambientais.

O Ministério Público afirmou que as investigações continuam, com o objetivo de responsabilizar todos os envolvidos e garantir a recuperação das áreas degradadas.