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Seca histórica no Rio Madeira coloca Porto Velho em estado de emergência
Nível do rio atingiu marca inédita de menos de 1,20 metro, deixando comunidades sem água e desligando hidrelétricas.

Publicado 06/10/2023

Foto: Roni Carvalho

PORTO VELHO/RO. Uma seca histórica no Rio Madeira está levando Porto Velho a enfrentar uma situação de emergência. Em um período de 24 horas, o nível do rio diminuiu mais de 10 centímetros na cidade, atingindo uma marca inédita de menos de 1,20 metro.

A Defesa Civil Municipal alerta que, se o nível não se elevar nos próximos cinco dias, a capital pode ser declarada em estado de emergência.

A seca tem estabelecido uma série de recordes no Rio Madeira ao longo do último mês. Na última atualização, o nível estava em alarmantes 1,19 metro, o ponto mais baixo já registrado na régua de medição.

Mais de 15 comunidades ribeirinhas que dependem dos recursos hídricos da Amazônia estão sofrendo com a seca do Rio Madeira, deixando-as sem acesso à água. A Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), responsável pelo fornecimento de água em Porto Velho, estima que cerca de 15 mil pessoas estejam enfrentando a falta de água devido a essa situação crítica.

Além disso, a hidrelétrica de Santo Antônio, uma das maiores do Brasil, teve que ser desligada devido à reduzida vazão de água no rio, que é essencial para a geração de energia.

Em decorrência do desligamento de Santo Antônio, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também tomou a decisão de desativar os bipolos de uma das maiores linhas de transmissão de energia elétrica do país, o Linhão do Madeira.

Com mais de 2,3 mil quilômetros de extensão, essa linha conecta as usinas de Jirau e Santo Antônio à região Sudeste do Brasil, especificamente à subestação de Araraquara (SP).

A medida prioriza o fornecimento de energia elétrica para Rondônia e Acre, uma vez que apenas uma das duas usinas instaladas no Rio Madeira está operacional nesse momento crítico.

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Foto: Reprodução de vídeo