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Na noite de sexta-feira (2), a Polícia Militar foi acionada para verificar uma denúncia de perturbação do sossego no residencial Maria Moura, em Vilhena. Segundo relatos, o volume de som que saía de uma residência na Rua 101-08 era extremamente alto, incomodando os moradores da região.

Ao chegar ao local, a guarnição da Rádio Patrulha constatou a presença de som em volume ensurdecedor. Após várias tentativas de contato, um adolescente se apresentou como responsável pela casa na ausência da mãe.

Com autorização, os policiais entraram no imóvel e, na cozinha, encontraram duas adolescentes, além de dois adultos. Todos estavam ingerindo bebidas alcoólicas e utilizando narguilé, dispositivo usado para fumar tabaco aromatizado.

Durante a revista, realizada em todos os presentes, nada de ilícito foi localizado. No entanto, os adultos e o adolescente confirmaram o consumo de álcool, tabaco e até de maconha. Um dos envolvidos chegou a afirmar que “a droga já está na mente”.

A situação se agravou quando uma das adolescentes revelou que o irmão também participou do consumo de bebidas e narguilé, prática que, segundo ela, já ocorrera em outras ocasiões com o consentimento da mãe.

Em um dos quartos, a avó das crianças foi encontrada dormindo. Ela precisou ser acordada por uma das netas, mas não estava envolvida no consumo. Uma das crianças, com apenas seis anos de idade, também estava na casa.

A mãe foi localizada por telefone, mas preferiu não informar sua localização. No entanto, afirmou que se dirigiria até a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp). Em depoimento, confirmou que tem ciência do uso de cigarros eletrônicos e narguilé pelos filhos e justificou que permite o consumo em casa “para evitar que façam isso na rua”. Vídeos enviados à polícia mostraram o ambiente permissivo descrito.

O adolescente que assumiu estar cuidando da casa também declarou ser o dono dos dispositivos usados para o consumo das substâncias. Ele afirmou que entende os riscos à saúde, mas os utiliza para relaxar.

A Polícia Militar orientou os presentes sobre os perigos do consumo dessas substâncias, especialmente entre menores de idade, e destacou a proibição da comercialização de dispositivos como cigarros eletrônicos e narguilés, conforme normas da Anvisa.

Diante das evidências, os dois adultos que estavam na casa, além da mãe das crianças, foram presos sob acusação de permitir e participar de condutas ilegais envolvendo menores. A mãe se apresentou voluntariamente à Unisp, enquanto os demais foram levados pela polícia. A avó, devido à idade avançada, permaneceu na residência para cuidar da neta mais nova.

O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso.