Ação de combate ao nematoide amplia produção de mudas e impulsiona a cafeicultura em Rondônia
A atuação do governo de Rondônia no combate ao nematoide-das-galhas (Meloidogyne spp – praga que ataca as raízes de diversas espécies de plantas) tem sido determinante para o fortalecimento da cafeicultura e da agricultura familiar no estado. Por meio de ações de vigilância sanitária, certificação de viveiros e promoção de boas práticas agrícolas, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) tem contribuído diretamente para o aumento da produção de mudas sadias, garantindo maior produtividade nas lavouras e valorização do café rondoniense no mercado nacional.
Em 2024, quando foi feito o último levantamento, Rondônia contava com 121 viveiros de café devidamente registrados junto à Idaron. Desde a vigência da Portaria-558-19-01-2016, que regulamenta a certificação fitossanitária de origem, o estado registrou um crescimento expressivo na produção de mudas da espécie Coffea canephora, saindo de 9 milhões em 2017, para 27 milhões em 2024 — totalizando mais de 133 milhões de mudas certificadas nesse período. Em número estimado, o total de mudas certificadas pela Idaron equivale a cerca de 40 mil hectares plantados, ou seja, cerca de 50 mil campos de futebol de área que teve o solo protegido dos nematoides, mantendo-se fértil e produtivo.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a agricultura familiar é protagonista na produção de alimentos em Rondônia, e o café se destaca como uma das culturas mais promissoras. “As ações de vigilância sanitária, aliada à organização dos viveiristas, tem permitido que Rondônia avance como um dos polos emergentes na produção de café de qualidade no Brasil, com impacto direto na renda das famílias rurais e no desenvolvimento sustentável do estado”, ressaltou.
Segundo o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, “o controle de pragas como o nematoide é fundamental para garantir produtividade e renda ao produtor. O trabalho da Idaron tem assegurado não apenas a oferta de mudas de qualidade, mas também a competitividade do café rondoniense, que tem conquistado muito reconhecimento em concursos nacionais”, destacou.
FORTALECIMENTO DE MEDIDAS
Além do avanço na produção, os índices de contaminação por nematoides também registraram queda. Em 2017, cerca de 5% das mudas apresentavam sinais da praga. Esse percentual caiu para 3,14% em 2024, demonstrando a eficácia das medidas adotadas e a evolução dos sistemas de controle e certificação.
Conforme o gerente estadual de defesa vegetal, Jessé de Oliveira, “o fortalecimento da rastreabilidade também tem sido um diferencial. Por meio do Sistema de Emissão e Controle de Trânsito de Vegetais (e-PTV), a Idaron monitora em tempo real a produção e a comercialização de mudas, garantindo maior transparência e segurança sanitária no processo”, explicou.
MAIOR VOLUME DE PRODUÇÃO
Entre os municípios com maior volume de produção de mudas certificadas em 2024, destacam-se Alto Alegre dos Parecis, Nova Brasilândia d’Oeste, Cacoal, Rolim de Moura, Seringueiras e São Miguel do Guaporé. Já os principais destinos dessas mudas, dentro do próprio estado, foram Nova Brasilândia d’Oeste, São Miguel do Guaporé, Cacoal, Alta Floresta d’Oeste e Alto Alegre dos Parecis.
Apesar do forte consumo interno, as mudas certificadas de café produzidas em Rondônia vêm conquistando mercados em outras regiões do país. Entre 2017 e 2024, foram realizadas exportações para 13 unidades da Federação, com destaque para o Mato Grosso e, nos últimos três anos, para o Acre.
Fonte: Secom - Governo de Rondônia